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As suas memórias prendem-no ao passado?

Motivação, Desempenho, Preso ao Passado, Reinvenção, Salto QuânticoMuitos de nós ao passar por uma experiência negativa, temos tendência a guardar cá dentro todos os sentimentos negativos experimentados e voltar a eles sempre que necessitamos de realizar essa experiência novamente.

Por exemplo, vamos imaginar que no contacto com um colega ou cliente de trabalho tivemos uma discussão enorme, daquelas bastante feias.

Muitas das vezes isto é tão forte e fica de tal maneira marcado cá dentro, que quando temos de lidar novamente com esta pessoa, as emoções voltam a rebentar com toda a força.

Só de pensar nisto, só de imaginar que vamos ter novamente uma reunião com esta pessoa, começamos a sentir um aperto no estômago, as mãos a suarem exageradamente, o coração a começar a acelerar o seu batimento, enfim, todos aqueles sintomas que todos conhecemos muito bem.

Ora como é óbvio, nestas condições, com todo este nervosismo acham que conseguiremos realizar uma reunião em condições com esta pessoa?

Claro que não!

O que vamos apresentar a seguir são técnicas de Performance Pessoal e Auto Hipnose, que permitem atenuar e até eliminar todo este nervoso cá dentro de nós.

Uma das coisas a fazer quando temos uma discussão destas, prende-se com analisar o que é que correu mal na reunião ou o que é que despoletou este tipo de situação.

Mas claro que só vamos fazê-lo, imaginando que estamos novamente perante a pessoa e revivermos a discussão, com tudo o que ela tem direito.

Vermos a pessoa a nossa frente, a berrar, os perdigotos a voar, etc., vamos ter muita dificuldade de conseguir analisar friamente o que se passou.

Ao fazer isto iremos reviver todo o nervosismo e sensações que tivemos na altura.

Faça a experiência.

Feche os olhos e imagine uma discussão ou uma situação muito desagradável que tenha tido.

Veja o que viu, ouça o que ouviu na altura e veja se não começa a sentir todas sensações novamente no seu corpo.

Claro que sim.

Mas vamos agora fazer só uma pequena experiência.

Volte a fechar os olhos, mas desta vez imagine que está a ver a discussão numa tela de televisão.

Sentado confortavelmente na sua cadeira.

E que no écran está a passar um filme onde os principais intervenientes são Você e a pessoa com quem teve este problema.

Veja toda a experiência negativa a acontecer.

Pare e de olhos fechados, analise o que está a sentir.

Não nota uma diferença?

Claro que sim, ao sermos espectadores e não intervenientes no processo as sensações são em muito diminuídas ou até deixam de existir.

Chama-se a isto dissociar-se do problema.

É extremamente útil para analisar friamente uma situação complexa com grande carga emocional.

Desta forma, vai poder aperceber-se de todos os pormenores que poderão ter despoletado a situação e da próxima vez evitá-los.

Depois de já ter o entendimento do que se passou, existem várias formas de dessensibilizar a experiência dentro da nossa cabeça.

Uma delas envolve manipulação das imagens, sons ou sensações que fazemos quando recordamos tudo isto.

Quando fizemos o exercício anterior, quase de certeza que na sua cabeça, formou uma imagem ou um som ou por vezes uma sensação.

Curioso é que até apareceu num local espacial específico e tinha determinadas características.

Poderia ser um filme, poderia ser uma imagem parada, poderia ser a cores ou a preto e branco, o som poderia estar perto ou estar longe.

Vamos agora fazer uma nova experiência. Volte a fechar os olhos, reviva novamente a experiência, mas agora vamos jogar com os atributos da imagem ou do som.

Primeiro aproxime a imagem ou os sons de si, torne a imagem mais brilhante e duplique o seu tamanho.

Quando faz isso, o que é que aconteceu?

Na maior parte das pessoas, as emoções intensificam-se.

Agora vamos experimentar o inverso.

Em vez de aproximar a imagem ou o som, vamos (a – tirar este “a”) afastá-los cada vez mais de nós.

Tornar a imagem cada vez mais pequena, os sons cada vez mais distantes, até quase que desaparecerem no infinito, tornando-se num ponto pequenino.

O que é que acontece com as sensações?

Muitas das vezes diminuem.

Então uma das formas de diminuir todas estas situações negativas passa um pouco por este processo.

No outro dia estive a trabalhar com uma pessoa que tinha um medo imenso de falar em público.

Pedi para ela fechar os olhos e imaginar que estava a falar em público.

Pedi também que descrevesse os atributos da imagem que estava a ver.

De seguida pedi-lhe que começasse a fazer o processo que descrevemos anteriormente.

E foi com muito agrado que ela verificou que todo o seu medo diminuía e quase que desaparecia ao fazer diminuir a imagem no infinito.

Isto, hoje em dia, permite-lhe rapidamente, num momento de ansiedade, parar, usar esta técnica e tornar os níveis de ansiedade perfeitamente aceitáveis para poder executar a tarefa que tem em mãos.

Sabe quem é o seu pior inimigo?

Motivação, Discurso Interno, PNL, Coaching, Liderança, Auto-Liderança, Auto-CoachingO seu diálogo interno.

Sim, aquela vozinha que nunca se cala.

Sou gordo, sou magro, sou feio, sou tímido, sou isto sou aquilo, sou um desgraçado, não vou conseguir, isto vai falhar, sou um zero à esquerda, nunca consigo nada, nem sei para que me incomodo, etc… etc… etc…

Já está a ver do que é que eu estou a falar?

Claro que sim.

Acontece-nos a todos.

Esta é talvez uma das atitudes mais destrutivas que podemos ter no que diz respeito à nossa vida pessoal ou profissional.

Mas porque é que isto é assim tão destrutivo, estará porventura a pensar?

Vamos socorrer-nos do modo como o cérebro funciona para tentar explicar um pouco de uma forma alegórica, mas ao mesmo tempo muito real, este processo.

O nosso cérebro está divido de uma forma muito simplista em duas grandes áreas.

Uma área que habitualmente chamamos de mente consciente e que ocupa cerca de 10% do cérebro.

Uma área que habitualmente chamamos de mente inconsciente (ou subconsciente, conforme a preferência e ramo de actividade) e que ocupa cerca de 90% do nosso cérebro.

No nosso subconsciente vive uma figurinha muito engraçada, parecida com o grilo falante da história do Pinóquio e que está atento a tudo o que se passa na nossa vida e regista todos os pormenores à nossa volta, mesmo os que conscientemente não damos atenção.

Guarde isto na sua mente, e vamos pegar agora noutro ponto para ilustrar esta questão.

Um pequeno exercício que poderá ser feito por todos os que tenham carta de condução. Os que não tiverem é melhor pensarem numa forma similar de fazer isto sem infringir a lei.

Para ver até que ponto é que isto o prejudica, da próxima vez que for para casa a conduzir.

Ao parar num sinal vermelho faça o seguinte exercício.

Feche os olhos.

E diga para si, em voz bastante alta.

Com muita força! (Convém que esteja sozinho no carro, senão….)

Vou deixar o carro ir abaixo!
Vou deixar o carro ir abaixo!
Vou deixar o carro ir abaixo!
Vou deixar o carro ir abaixo!
Vou deixar o carro ir abaixo!
Vou deixar o carro ir abaixo!

Pelo menos uma sete vezes de seguida e bem alto.

A seguir tente arrancar quando o sinal abrir e analise o que é que acontece.

É que o nosso inconsciente, que nunca dorme e está sempre atento, ouve a primeira vez e pergunta-lhe.

Olha lá, queres mesmo deixar o carro ir abaixo?

Ele de facto acha estranho e ainda nos volta a perguntar.

Mas de certeza que queres mesmo, mesmo, deixar o carro ir abaixo?

Dada a nossa insistência, quem é ele para ignorar uma ordem dada com tanta certeza e clareza.

O que aqui acontece, é que nós até sorrimos, até dizemos para connosco, hmmm o José Almeida devia estar a brincar.

E todos sorridentes, preparamo-nos para arrancar.

O curioso é que normalmente existe sempre um espasmo muscular, uma tremura, ou algo que de facto nos faz com que o carro vá abaixo.

Uma das maiores necessidades que o nosso cérebro tem é a necessidade de congruência.

Congruência entre aquilo que dizemos e aquilo que fazemos, aquilo que achamos que somos e a forma como (nos – tirar este “nos”) aparecemos aos outros (do lado fora – eu tirava este “do lado fora”), etc….

Agora se isto acontece com um exemplo tão simples como este, imagine o que é que isto não faz no resto da sua vida.

A verdade é que aquilo em que nos focamos é aquilo que obtemos, realizamos, atingimos.
E passar a vida com esta vozinha cá dentro, sempre tão negativa, é de facto extremamente prejudicial para si.

Se planeamos falhar, com certeza que vamos falhar.

Quanto mais não seja porque o nosso inconsciente vai acabar por nos ajudar a que isso aconteça.

Agora, posso contar-lhe um segredo?

Sabe qual é a melhor coisa que o passado tem?

É que já passou.

Não adianta viver a sua vida condicionada por experiências de insucesso falhadas.

Seria como conduzir o nosso carro sempre a olhar para o retrovisor.

Mais cedo ou mais tarde, vai dar asneira e vamos bater.

Agora pense comigo!

Tem a capacidade para controlar todas as coisas que lhe acontecem?

Claro que não!

Temos sim, é a capacidade de reagir positivamente ou negativamente ao que nos acontece.

E quanto mais flexíveis formos na abordagem aos desafios que a vida nos coloca, maior será o sucesso que teremos pela frente.

Agora, o que é que podemos fazer a esta vozinha que não nos larga?!

Muito simplesmente dar um berro!

E gritar PÁRA!!!!!!

No sentido literal da palavra.

Se estiverem sozinhos, porque não fazê-lo em voz alta?

Faz bem dar uns berros de vez em quando.

Se estiverem acompanhados, façam-no mentalmente.

E retomar a linha de pensamento noutro sentido mais positivo.

Por exemplo, se estiver sempre a ouvir:

“Vou falhar, vou falhar, vou falhar, vai correr mal, vai correr mal, etc…”

Grite! Pára!!!!

E diga para si próprio com muita força:

“Eu vou conseguir, vai correr bem, vamos lá chegar, etc…”

Faça desta pequena rotina um hábito.

Nos próximos 21 dias, pratique-a continuamente.

Vai ver que assim que a interiorizar, vai ter muito mais flexibilidade na abordagem aos desafios que lhe aparecem e que as coisas lhe vão começar a correr muito melhor face à sua nova atitude.

Força! Vai ver que não custa nada!

Será que há Segurança na Insegurança?

Coaching, Motivação, Lidar com a Incerteza, InsegurançaHá Segurança na Insegurança?

Quem me conhece mais de perto sabe que passei por momentos um pouco difíceis em 2002, quando a empresa onde ocupava o cargo de Director Geral cessou as minhas funções.

Foram tempos muito duros, similares ao que muitos profissionais de topo estão a passar neste momento.

Se na altura as coisas foram complicadas, hoje em dia dou graças por toda a reaprendizagem que tive de fazer. Se hoje tenho sucesso, se hoje tenho segurança, se hoje tenho a minha vida ajustada aos tempos que correm, deve-se em parte muito a esse período negro da minha vida.

Mas podem perguntar: o que é que isto tem a ver com a segurança na insegurança?

Nesses tempos aprendi a confiar mais no poder do trabalho.

Explicando, em tempos de incerteza temos de nos voltar para a única variável que dominamos.

Ou seja, o nosso trabalho.

Seja como comerciais, como líderes ou como pessoas que estão desempregadas, têm de existir na nossa vida nestas épocas duas coisas:

1. Visão
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Que fazer quando a sua equipa não ganha?

Gestão Emocional, Liderança, Gerir Crise, DepressãoUma das questões a nível pessoal que mais problemas nos causam é o fenómeno das crises cíclicas.

Está estudado que quer a nível pessoal quer a nível profissional, de x em x tempo, surge uma crise.

É um fenómeno que está mais do que estudado e confirmado.

Se recordar a sua vida, vai ver que esta situação também já ocorreu consigo.

Daí a expressão popular que “a vida é como os interruptores, umas vezes para cima, outras vezes para baixo”.

Se a memória não me falha, foi o Herman José que teve esta expressão aqui há uns anos.

De facto, quanto mais vivo e quanto mais lido com pessoas e empresas em termos de formação, mais me convenço da veracidade desta afirmação.

Ora se este fenómeno é algo que acontece ciclicamente, como pais, mães, maridos, mulheres, profissionais, directores, gestores, ou qualquer que seja o seu papel na vida, saber gerir eficazmente as suas crises é algo fundamental para o seu sucesso.

Uma das coisas que pergunto às pessoas que frequentam o nosso Workshop de Liderança Interpessoal é “qual é a cor do seu pára-quedas?”.

Gerir as crises que nos surgem assenta essencialmente em 3 factores principais.

1. Gerir o seu estado emocional
2. Focar-se naquilo que pode fazer para resolver a situação
3. Sempre que possível antecipar e planear as crises futuras

Se não for capaz de parar para respirar fundo e agarrar o seu estado emocional imediatamente quando a crise surge, o mais provável é que entre numa situação de “bloqueio emocional” e não consiga andar nem para a frente nem para trás.

Uma das técnicas que pode ajudar-nos nesta situação é a compreensão de como o cérebro funciona em termos de pensamentos.

Dado que a maioria das vezes apenas conseguimos focar-nos conscientemente num pensamento de cada vez e dado que os nossos pensamentos estão directamente ligados ao estado de espírito que temos no momento, o truque aqui é focarmo-nos naquilo que podemos resolver.

Pare, dê dois berros, deixe sair o vapor e depois ponha a si mesmo a seguinte questão:

Quais são as acções que posso tomar já para começar a caminhar em relação à saída desta crise?

Culpar os outros ou as situações ou o que quer que seja não irá trazer valor acrescentado à saída da crise.

Focar-se nas coisas que são um dado adquirido e que não podemos resolver também não ajuda nada.

Já lá diz o povo “ o que lá vai, lá vai” ou “não adianta chorar sobre leite derramado”.

Por isso a única coisa que faz sentido será de facto focar-se imediatamente naquilo que poderá fazer para resolver a situação.

Muitas pessoas, quando confrontadas com situações de crise, passam a vida a lamentar-se e a chorar sobre as questões que não podem resolver.

Este é de facto um dos maiores problemas destas situações.

Um dos factores que separa um líder do resto das pessoas é a capacidade de manter a sua cabeça fria no momento e imediatamente tomar acções decisivas para tirar a sua empresa, a sua vida ou a sua família da crise.

Finalmente, se as crises são algo cíclico nas nossas vidas e cada vez mais à nossa volta estamos cientes disso, antecipar e planear é fundamental para o nosso bem-estar.

Pare um pouco e pense:

– Que situações é que podem correr mal na minha vida?
– Se perder o meu emprego, o que é que vou fazer?
– Se adoecer, como vou lidar com a situação?

Enfim, pense na maioria das coisas que possam correr mal e depois procure soluções antecipadamente para as resolver.

Se fizer este pequeno exercício, não conseguirá antecipar nem prever tudo.

Mas se conseguir prever 20 a 30 por cento que sejam, já representa um grande alívio em termos futuros.

Quando a crise aparecer, poderá dizer para si.

“Já te tinha visto e já sei como lidar contigo!”

Será que irá ser mais fácil?

Provavelmente não.

Mas pelo menos já está no caminho certo para apontar soluções para resolver a situação.

Esta semana pare um pouco e pense em todas as coisas que podem correr mal e no que pode, de facto, fazer para as solucionar ou prevenir.

Sabe o que é que a liderança tem a ver com as florestas?

Liderança, Motivação, Caminho, Empreendedorismo, LiderarHoje em dia está muito na moda dizer-se:

“Ver a floresta em vez de ver a árvore”.

Embora se tenha tornado um cliché, o princípio por detrás desta expressão continua a ser bastante verdadeiro.

Um dos maiores problemas com que nos defrontamos todas as semanas com os quadros superiores de empresas, com os quais trabalhamos, prende-se precisamente com isto.

O facto de, muitas vezes, o líder olhar somente para o seu umbigo.

É normal ele dizer: “não entendo as minhas pessoas” ou “não entendo este problema”.

Em primeiro lugar, temos de desbastar o mar de argumentos e ideias pré concebidas que surgem.

Após este processo, frequentemente vemos que a única razão para o líder não perceber melhor o que se está a passar, é pura e simplesmente, por analisar a situação da perspectiva:

“O que é que eu, líder, ganho com isso?”.

Mas será que está é a perspectiva correcta para analisar uma situação que envolva terceiros?

Claro que não.

A perspectiva correcta seria:

“O que é que as minhas pessoas ganham ou perdem com isto?”.

Ou seja, afastarmo-nos e olharmos a floresta em vez da árvore.

Muitas das vezes, estamos tão embrenhados com o problema em questão, que não conseguimos dar um passo atrás e olhar para o que está a decorrer com diferentes olhos e perspectivas.

Uma das coisas que fazemos quando um líder está “bloqueado” é obrigá-lo a levantar-se, dar uma volta pela sala e olhar para os problemas de diferentes ângulos físicos.

Provavelmente está a pensar, mas porquê levantar-se?

Porque ao mudarmos a nossa postura física, ou o local a partir do qual estamos a analisar o problema, dá-se um impacto brutal no nosso processo de análise.

O ser humano é um animal muito territorial.

Existe uma área de estudo chamada proxémica que trata precisamente disto mesmo, a utilização dos espaços, barreiras físicas, barreiras virtuais, distâncias de segurança, etc…

Mas no que diz respeito ao processo de análise e decisão, é fundamental que o líder saia detrás da sua secretária.

É que nesta posição estamos defendidos pela segurança das nossas barreiras visíveis e invisíveis.

Por exemplo, o nosso gabinete, a nossa secretária, etc…

Ao sair da nossa zona de conforto e segurança, movendo-nos pela nossa sala ou até mesmo pela empresa, a perspectiva que temos é completamente diferente.

Se olhar sempre para as coisas com a mesma perspectiva, as conclusões e resultados a que vai chegar serão sempre os mesmos.

Esta semana experimente, quando quiser ter uma perspectiva diferente, levante-se e ande um pouco pela sala analisando o problema de diferentes ângulos.

Vai ver que, só pelo facto de se levantar, chegará a conclusões completamente diferentes.

A que sabe o sucesso?

Liderança Intrapessoal, Motivação, Sucesso, Caminho, Emprego, Criar Emprego, Empresa, EmpreendedorismoJá pensou nisto?

A que sabe de facto o sucesso?

Pode saber bem, pode saber a amargo, pode não saber a nada…

Poder-se-ia pensar:
“Mas não sabe sempre bem?”

Um dos problemas com o sucesso é que muitas vezes as pessoas deixaram de saber por que razão querem atingir algo.

Foi há tanto tempo que definimos o que queríamos da vida, que hoje em dia as razões, os motivos, toda a base que nos sustentava já não faz mais sentido.

Um dos fenómenos que trabalho com as pessoas que formo é a falta de ligação entre a cabeça e o corpo.

Algumas pessoas vivem a vida com a cabeça voltada para a frente, mas com o resto do corpo voltado para trás.

Ou seja, o seu corpo sabe que algo não é bom para si, mas a sua cabeça insiste em andar na direcção que definiu.

Quer um exemplo?

Vamos fazer um exercício.

Pegue numa folha de papel e numa caneta.

Feche os olhos e pense em três das coisas que queria atingir na vida.

O que quer que lhe surja deixe fluir. Seja o Ferrari, seja o ser rico, seja a família feliz, seja os filhos formados numa boa universidade, o que quer que surja, abra os olhos e escreva essas três metas no papel.

Agora vou-lhe pedir que feche novamente os olhos e, pegando na primeira meta que lhe surgiu, faça o seguinte exercício:

Imagine que já atingiu esta meta, que já lá está, que tudo acabou de terminar.

Veja as pessoas à sua volta, os cheiros que estariam no ar, o sabor que teria na boca, as sensações que estariam na sua pele.

Mas faça-o com uma particularidade, estando lá mesmo, ou seja, não é ver-me de fora como num filme, mas antes como se eu lá estivesse no filme, a ver as minhas mãos, pernas, totalmente integrado na cena para a tornar o mais real possível.

Deixe tudo isso poisar na sua mente e observe, oiça e sinta quais as sensações que atingir tudo isto lhe provoca. Foque-se especialmente na sua zona à boca do estômago.

Qual é a sensação que aí se desperta?

Um relaxamento ou uma sensação agradável?
Nenhuma sensação, ou seja, a ausência de toda e qualquer sensação nessa zona?
Uma contracção ou desconforto?

Dependendo do que surgir, abra os olhos e na situação positiva marque uma carinha contente à frente da meta, se for ausência de sensações marque uma cara neutra, se for uma sensação negativa marque uma cara negativa.

Repita o processo para as três metas.

Olhe para o papel. Alguma das metas, quando foi processada emocionalmente, provocou uma reacção que não estava à espera?

Provavelmente sim.

Se foi uma reacção positiva, não há muito que dizer.
É sinal que a sua meta tem ancoragem interna forte em termos emocionais e que existe congruência entre a sua parte mental e física.

Se a reacção foi neutra ou sem sensações, é sinal que é uma meta que em tempos até poderá ter feito sentido, mas que agora, face às circunstâncias actuais ou à sua evolução pessoal, não tem ancoragem emocional. Por exemplo, todos na minha rua tinham Ferraris ou na minha família todos foram engenheiros. Ou outras situações muito piores.

Se a sua reacção foi negativa, provavelmente é o seu “corpo” a dizer através da sua infinita sabedoria que o que quer para a sua vida provavelmente não será lá muito ecológico, para não utilizar uma expressão mais forte.

Agora, onde é que tudo isto nos leva…?

Se na vida corrermos, e partindo do pressuposto que a nossa energia ou capacidade de trabalho ou tempo não são infinitos, convém que o façamos face a metas que tenham uma ancoragem positiva.

Caso contrário…

Esta semana pare um pouco para pensar:
“Há quanto tempo não saboreio as minhas metas?”

Será que estou dentro de uma bolha?

Mudar de Vida, Dor, Zonas de Conforto, Criar o seu projecto,  Empreendedorismo, Motivação, Ficar parado, procrastinação,  plano de acçãoUma das coisas que me perguntam frequentemente como formador e como coach é porque é que as pessoas não atingem o que querem da vida.

Costumo enumerar três razões, embora o tema, como devem imaginar, não se esgote aqui.

“Não sabem o que querem da vida!”

Esta é básica… mas será que é?

À partida pensamos que sim, tem uma certa lógica, ou seja, se eu não sei para onde quero ir, como é que vou saber que lá cheguei?

A questão já não tão lógica é: porque é que a maioria das pessoas, sabendo isto de forma intuitiva, não se dedica a definir o que quer da vida?

Deixando de lado o básico, podemos mergulhar em aspectos mais psicológicos.

Pode ter a ver com o passado. Algo que defini que queria atingir e que nunca consegui, desenvolvendo deste modo uma frustração que me fez ficar parado no tempo, dentro da minha bolha.

Bolha?

Sim, a minha bolha onde tudo é perfeito e confortável. Será? Muitas vezes não, mas embora não perfeito, acaba por ser menos doloroso que aquilo que achamos que vamos encontrar cá fora.

Sendo que um dos motivadores principais das pessoas é a “dor”. Ao estar a associar mais dor ao sair da bolha do que ao ficar, acabamos por nos deixar iludir por isto e aí ficamos calmamente a ver a vida a passar ao nosso lado.

Poderemos pensar: mas como é que eu quebro este padrão?

Invertendo o padrão de pensamento e fazendo com que as pessoas associem mais dor a ficar na bolha do que a sair e a fazer algo de diferente.

Uma das coisas que pode funcionar com algumas pessoas é criar na sua cabeça uma linha de tempo.

O seguinte processo é feito de olhos fechados, num sítio calmo.

De olhos fechados porque como percepcionamos muita da realidade de forma visual, este tipo de processos funciona melhor quando cortamos os estímulos visuais externos.

De qualquer modo, se estiver sozinho ninguém estará a ver, por isso…

Feche os olhos e imagine que à sua frente tem uma estrada, estrada essa que tem do seu lado os habituais marcadores de distância.

A única diferença é que estes marcadores de distância, em vez de quilómetros, contam anos de vida.

Agora pense numa situação da sua vida na qual esteja preso e que não queira sair da sua bolha devido aos factores que falámos antes.

Imagine-se no quilómetro/ano zero.

Veja a situação actual, o que está a acontecer, o que as pessoas à sua volta lhe dizem, aquilo que sente. Ou seja, torne a experiência o mais real possível.

Agora imagine que começa a andar devagar ao princípio, mas rapidamente acelera o passo e começa a ver do seu lado os marcadores de tempo a passar.

Passa um ano, note o que as pessoas lhe dizem, como o que sente aumentou de tamanho, pense em todas as coisas que perdeu neste ano por não ter saído da bolha, na frustração que isso representa para si, e tudo o mais que se possa lembrar de aspectos negativos que resultam da sua inactividade.

Agora continue a andar.

Passa mais um ano, dois anos, três anos, quatro anos…

Continue a ver tudo o que falámos atrás a aumentar, a cada ano que passa tudo aumenta mais… e mais…

Note o que isso provoca dentro de si, todas as sensações, frustrações, dor e tudo o mais que possa imaginar que vá piorar.

Já reparou como, enquanto lia este pequeno exercício, as sensações dentro de si, e que foram despoletadas quando eu lhe pedi para imaginar uma situação da sua vida, foram crescendo?

Sentiu o desconforto? Talvez alguma frustração? Sentiu até por ventura alguma sensação corporal associada a tudo isto?

E estávamos só a ler…

Se fizer este exercício de olhos fechados, vai ver que será ainda mais forte e provavelmente chegará a um ponto em que a dor associada a ficar dentro da bolha irá superar a dor de sair e fazer algo diferente.

Se esse for o caso para si, está na altura de se calhar fazer algo de diferente na sua vida.

Se não for o caso, não faz mal, é apenas sinal que este poderia não ser o exercício ideal para si.

Mas não se preocupe, temos outros nos nossos workshops.

Esta semana pare um pouco para pensar:

“Será que estou dentro de uma bolha?”

Por que é que falhamos?

Já pensou nisto a sério?

Vamos então analisar algumas das nossas razões favoritas:

1. Falta de persistência

Muitas vezes falhamos, não porque nos falte o conhecimento ou as ferramentas para levarmos a cabo o nosso projecto, mas antes porque desistimos cedo de mais.

Quando os problemas parecem insustentáveis é normalmente mais simples deixar cair os braços e dizer “é maior do que eu”.

Já pensou na persistência que Thomas Edison precisou de ter para criar algumas das suas maiores invenções?

Provavelmente o mundo não seria como o conhecemos hoje em dia, caso essa persistência não tivesse existido.

Os vencedores caem, mas não se deixam abater por isso.

Meta na sua cabeça que o acto de falhar não quer dizer que sejamos falhados.

2. Falta de convicção

A maioria das pessoas que tem falta de convicção gosta de andar no meio da estrada.
Sabe o que é que acontece quando andamos no meio da estrada?

Mais cedo ou mais tarde somos atropelados.

As pessoas sem convicções têm tendência a evitar os confrontos e a alinhar com o lado esquerdo ou direito conforme lhes der menos chatices.

Normalmente por falta de coragem ou confiança em si próprias.

Conformam-se por forma a serem aceites, mesmo quando sabem que o que estão a fazer está errado.

Comportam-se como parte da alcateia.

3. Racionalizar as desculpas

Um vencedor pode analisar, por forma a conseguir futuramente evitar um erro.

Um perdedor tem tendência a racionalizar e chegar a todo o tipo de desculpas para justificar por que não o conseguiu fazer.

Normalmente apresenta “racionalizações” (ou serão desculpas) como:

– Não tenho sorte nenhuma
– Não nasci com o … voltado para a lua
– Não sou bem-parecido
– Não tenho os contactos certos (também designados por cunhas)
– Não tenho dinheiro suficiente
– Estamos em crise
– Se ao menos eu tivesse uma oportunidade

E por aí adiante.

4. Não aprender com os erros passados

Algumas pessoas vivem e aprendem.

Outras vivem apenas!

Os vencedores aprendem com os seus erros.

Olham para o que correu bem e para o que correu mal e tiram daí conclusões riquíssimas que lhes servem para aumentar as suas chances de sucesso.

As pessoas que não aprendem com os erros passados estão condenadas.

O falhar é um óptimo professor, se tivermos a atitude correcta.

O falhar é um desvio.

Não um beco sem saída!

É um atraso, não uma derrota.

Se pensar bem, qual é o melhor nome que podemos dar aos nossos erros?

Já pensou em “Experiência”?

5. Falta de disciplina

Se olhar para a História, ela está cheia de casos de sucesso que se deveram muitas das vezes ao factor “disciplina interna”.

A disciplina implica autocontrolo, sacrifício, evitar as distracções e tentações que nos aparecem pelo caminho.

Significa, acima de tudo, manter-se focado no que interessa.

Pergunte a si próprio várias vezes ao dia:

“O que estou a fazer está a aproximar-me ou a afastar-me do meu objectivo?”

6. Baixa auto-estima

A baixa auto-estima significa muitas vezes falta de amor e respeito por si próprio.

Muitas das vezes leva a que abuse de si ou que abuse dos outros.

As pessoas com uma baixa auto-estima passam muitas vezes uma vida a tentar encontrar a sua identidade.

No meu entender, o problema com isto é que a nossa identidade não se encontra.

Constrói-se!

A preguiça e estagnação são também muitas vezes resultado de uma baixa auto-estima.

Bem como a criação de desculpas para tudo e para nada.

Acima de tudo para não agirmos.

A preguiça é como a ferrugem!

Corrói até o metal mais belo.

 

Uma atitude fatalista impede muitas vezes as pessoas de tomarem responsabilidade pelo que não são ou não atingiram na sua vida!

Muitas das vezes atribuem o seu sucesso ou insucesso à sorte.

A sorte no nosso entender constrói-se, não se acha.

Já ouviu a velha máxima:

“99% de transpiração e 1% de sorte”?

O maior erro é deixarmo-nos resignar ao suposto destino.

O resultado disto é que normalmente deixamos de nos esforçar e deixamos que a complacência seja o nosso modo de vida.

Esta semana, deixe de passar a vida à espera que algo de bom aconteça.

Faça a sua vida acontecer.

Já preparou o seu pára-quedas?

Pára-quedas, Sucesso, Carreira, Preparar o Desemprego, Desemprego, Empreendorismo, Coaching de Carreira Uma das coisas a que nos dias que correm temos de prestar atenção como profissionais é que nem sempre o nosso melhor chega.

O ambiente de instabilidade é tal, que de um momento para o outro, devido a situações externas à nossa empresa, podemos encontrar-nos sem emprego.

Muitas pessoas costumam perguntar-me:
“Mas se eu não tenho controlo no processo, o que fazer?”

A pergunta que normalmente lhes faço nas sessões de Career Coaching, uma modalidade que tem estado muito em voga ultimamente, é esta:
“Sendo que existe uma grande parte que não controla, qual é a outra que de facto só depende de si?”

As perguntas têm destas coisas, obrigam-nos muitas vezes a pensar no que não queremos.

O objectivo desta pergunta é pura e simplesmente focá-lo no que interessa.

Nestas situações a forma de preparar o pára-quedas tem de ser um pouco mais criativa, no entanto tem normalmente duas vertentes.

1. **Vertente Interna**

O que é que na sua empresa pode fazer para se tornar indispensável?

Poderemos estar a falar de tomar mais algumas responsabilidades ou então procurar aprender sobre outras áreas, para que seja mais polivalente e, no caso da extinção do seu posto de trabalho, possa procurar enquadramento noutro departamento ou área.

Pode também procurar formar-se nas vertentes que a sua empresa mais precisa.
Poderá estar a pensar:
“Mas a minha empresa não está a investir em formação…”

Sim, esse pode ser o caso, mas nos dias que correm acho que isso já não é justificação suficiente ou, se me permitir ser um pouco mais duro, “desculpa”.

Tem acesso à internet? Conhece o Engenheiro GOOGLE?

O Engenheiro GOOGLE é um senhor que conhece de tudo, experimente no Engenheiro GOOGLE colocar:
“Formação de Vendas Gratuita”

Quantos resultados apareceram?

Não lhe sei ao certo dizer, mas devem ter aparecido páginas, vídeos do youtube, artigos, até por vezes livros gratuitos que pessoas como nós colocam online.

Como pode ver, hoje em dia as opções são muitas.

2. **Vertente Externa**

No caso da vertente externa, o processo pode passar por várias opções, mas vamos focar-nos por agora apenas em duas.

**Reinventar-se!**

“Reinventar-me?”

Sim, reinventar-se.

Se tivesse de começar tudo de novo, o que é que escolheria fazer?

Onde é que estaria a sua paixão?

O que é que é mesmo, mas mesmo mesmo bom a fazer?

Definindo a área em que gostaria de trabalhar, sente-se com alguém que já o faça e coloque-lhe a seguinte questão:

“No teu ramo, quais são as competências que são fundamentais para ter sucesso?”

Depois faça um plano para as conseguir obter, seja por formação, seja por leitura, seja até por participar em palestras de especialistas nessa área.

**Aumentar o seu Valor no Mercado!**

Aumentar o seu valor no mercado passa por apresentar-se aos olhos dos outros como especialista.

Coloque a si próprio a seguinte questão:

“Se eu fosse especialista desta área, como é que os outros me veriam?”

Um especialista, em primeiro lugar, é alguém que tem um grande conhecimento sobre a sua área.

Se não é o seu caso, ou muda para a estratégia anterior do “reinvente-se” ou então aprofunda o seu conhecimento na sua área actual.

Em segundo lugar, é alguém que mostra ao mundo a sua competência e excelência.

Poderá pensar:
“Mas como raio é que vou fazer nisso?”

Duas opções:

Participar em congressos e palestras dedicadas ao tema. Procure, por exemplo, oferecer-se como orador.

Criar um blogue da sua especialização, onde todos os dias – e atenção que não estou a brincar quando digo todos os dias – coloca conteúdo novo.

O conteúdo pode ser escrito por si ou adaptado de outras fontes. Muitos outros blogues e sites permitem a reutilização de conteúdo desde que se peça autorização e se coloque sempre a origem.

Por último, apanhando a embalagem do blogue, porque não escrever um livro sobre a sua especialidade?

Pode pensar:
“Mas ninguém me vai publicar!”

Bem, à partida, se não tiver um livro escrito, nunca o vai saber. Depois, caso não consiga, de facto, um editor, porque não publicar o livro em formato electrónico gratuitamente na Internet?

Pode até disponibilizá-lo gratuitamente às pessoas que lêem o seu blogue, por exemplo.

Ou, se quiser mesmo que o livro saia em papel, pode sempre optar pela auto-publicação.

Como vê, opções não faltam. Por vezes falta é a força de vontade…

Esta semana coloque a si esta questão:

“Se tivesse de saltar de um avião e precisasse de um pára-quedas, teria tempo de ainda o preparar ou andar à procura dele?”